RN prorroga decreto atual com medidas de flexibilização até 9 de junho

 


Por G1/RN

A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), anunciou nesta quarta-feira (26) que vai manter no próximo decreto de combate à Covid-19 as mesmas medidas sanitárias que constam no atual decreto, que vale até esta quinta-feira (27).

Com isso, está mantido o toque de recolher noturno, das 22h às 5h, e segue autorizada a venda de bebidas alcóolicas em bares e restaurantes. Também seguem liberados os esportes coletivos, o funcionamento de parques públicos e as atividades escolares de forma híbrida.

O novo decreto começa a valer a partir da sexta-feira (28) e vai até o dia 9 de junho. (Veja as medidas do atual decreto, que será prorrogado).

Também seguem autorizados a funcionar os comércios de rua, shoppings, galerias, praças de alimentação e academias.

As medidas do novo decreto só não serão válidas para as regiões do Alto Oeste, Central e do Vale do Açu, que contam com decretos regionalizados, com fechamento das atividades não essenciais, toque de recolher mais amplo e proibição de venda e consumo de bebidas alcóolicas em locais públicos.

As medidas foram aplicadas nas regiões a pedido dos prefeitos, por conta do aumento da gravidade da pandemia nesses locais, com crescimento no número de casos, internações e óbitos pela Covid-19. Diferente da decisão para essas regiões, o decreto estadual vai manter as atuais flexibilizações.

"Decidimos pela prorrogação das medidas sanitárias estabelecidas no atual Decreto até o 9 de junho para todos os municípios, exceto para aqueles alcançados pelos decretos regionais do Estado ou por decretos municipais que tenham medidas mais restritivas", disse a governadora Fátima Bezerra no Twitter.


Momento atual

O Rio Grande do Norte tem atualmente 97,7% de ocupação dos leitos públicos de UTI para Covid-19. Na Grande Natal, essa taxa é de 97,6%. Nesta quarta, o Regula RN apontou até 96 pessoas no aguardo por um leito de UTI no estado para apenas nove disponíveis.

Em Natal, os hospitais particulares já apontam uma taxa de ocupação dos leitos de UTI acima de 80%.

De acordo com o secretário de Saúde do Rio Grande do Norte, Cipriano Maia, o estado vive uma situação de quase colapso. Ele reforçou ainda que não há mais como abrir novos leitos para o combate à doença, seja por falta de insumos, profissionais ou estrutura: atualmente são 415.

"Nós estamos já no limite hoje. Porque se nós temos quase cem pacientes em filas de espera, não precisa esperar junho, a gente já está em uma situação de saturação, de quase colapso. Isso exige medidas desde já, como a gente vem alertando e recomendando já há algumas semanas", afirmou em entrevista à Inter TV Cabugi na segunda-feira (24).

"Não temos possibilidade de abertura de novos leitos porque isso envolve equipamentos, insumos médicos, pessoal. Nós estamos no limite. A alternativa que nós temos é evitar a procura de leitos fazendo restrição de circulação, usando medidas de proteção, intensificando as ações de vigilância e controle de isolamento dos sintomáticos para que a doença diminua o seu contágio", reforçou o secretário.

Mais mortes em 2021 do que em 2020

O Rio Grande do Norte já soma em cinco meses de 2021 mais mortes por Covid-19 do que em todo o ano de 2020. Março e abril foram os meses mais letais da pandemia no estado e maio já é o quinto com mais óbitos.

Na terça-feira (25), o estado ultrapassou a marca de 6 mil mortes pela doença desde o início da pandemia.

O mês de maio também já é o com mais casos confirmados da doença.