Em 2 meses, futebol potiguar pode ter retorno da torcida aos estádios

 


A volta de público aos estádios de Natal, pode ocorrer num prazo entre 60 e 90 dias, segundo afirmou o Secretário Municipal de Saúde, George Antunes. Com o início do período de vacinação e a tendência de controle maior no nível de transmissão da Covid-19, na capital, ele acredita que o processo deve volta à mesa de discussões. A afirmação recebeu aplausos dos representantes dos clubes e do presidente da Federação Norte-rio-grandense de Futebol (FNF), José Vanildo, mas ainda continua sendo encarada como um ponto de preocupação por especialistas na área de infectologia.

George Antunes ressaltou que mesmo no desenvolvimento de um cenário favorável, o processo não poderá abandonar os protocolos de segurança da Organização Mundial da Saúde (OMS), no intuito de evitar o risco de contaminação nos estádios. As praças natalenses que abrigam jogos de equipes profissionais, são apontadas como propícias a implementação das medidas de prevenção. Em princípio a meta é liberar a presença de apenas 30% dos assentos nos estádios.

“Nós estamos preocupados com essa questão do veraneio, em relação a Covid-19, mas passado esse período, junto com a campanha de vacinação que já está em curso, acredito que num período 60 ou 90 dias poderemos conversar sobre a volta de público aos estádios de futebol. Tenho quase convicção de que, no máximo em 90 dias, já será criado um cenário em que podemos realizar esse tipo de liberação”, afirmou o secretário de Saúde.

Os torcedores também terão de promover uma campanha de reeducação e se comportar de maneira segura dentro das praças esportivas, obedecendo as mesmas normas de segurança exigidas nas empresas, por exemplo.

“Tudo terá de ser realizado com base no Protocolo de Segurança da Organização Mundial da Saúde. Teremos de limitar o número de cadeiras, manter o distância mínimo de um metro e meio entre as pessoas  também. Estamos cientes que no momento de comemoração as pessoas poderão se aglomerar um pouco, mas por se tratar de um ambiente de muita circulação de ar, acreditamos que o risco de infecção é bastante reduzido”, explicou George, ressaltando que o ideal é não ocorrer agrupamento.

O foco de atenção das autoridades sanitárias hoje está na campanha de vacinação em massa, que na opinião do secretário de Saúde de Natal ainda continua sendo a maneira mais eficaz de combater as enfermidades.

“A vacinação é o único meio de se conter uma pandemia. É a forma mais segura e eficaz contra qualquer doença e, temos aí, um vírus que nos é muito desconhecido e ainda estamos no período de estudos dele. Mas o comportamento do novo coronavírus, bem como as novas medidas de intervenção contra doença, deverão surgir apenas daqui a um ou dois anos. Não há tempo para se esperar e a vacinação é o mecanismo mais eficiente para gente preservar vidas”, destacou George Antunes. “Estávamos prontos para vacinar um contingente maior de pessoas, que era a previsão inicial do Ministério da Saúde e com a redução, iremos poder desenvolver a atividade com pouco mais de tranquilidade”, complementou.

Prudencia

Se com a chegada das primeiras doses de vacina passou a existir um certo grau de alívio por parte das autoridades sanitárias, que acompanham o dia a dia da pandemia e estão conseguindo manter a situação dentro de um certo controle. Os especialistas em infectologia ainda acreditam que não é o momento de baixar as barreiras, abrindo espaços para aglomerações.

“O momento epidemiológico atual não é muito favorável  para que se faça aglomerações entre pessoas. Então quando se libera a presença de público mesmo reduzido em eventos esportivos e também prevendo o distanciamento social. É difícil acreditar que as pessoas mantenham a distância regulamentar no momento de uma comemoração ou até de um a conversa na arquibancada. Neste momento onde registramos um aumento de casos de contaminação, internações e mortalidade  no pico diário, acredito que não seria algo ideal . O momento ainda requer a prática do distanciamento, não é hora de liberar qualquer tipo de aglomeração para que a situação não corra o risco de se complicar”, alertou o infectologista, Igor Thiago.

Com informações da Tribuna do Norte