Suspensão das atividades na UPA de Parnamirim evidencia descaso do prefeito reeleito Rosano Taveira com a saúde pública

 



Com mais de 70 servidores da saúde fora do quadro de profissionais do município de Parnamirim, os atendimentos na UPA de Nova Esperança continuam suspensos nesta quarta-feira (02)

A população que precisa de atendimento na única UPA de Parnamirim nesta quarta-feira, (02), está sofrendo com a falta de profissionais na unidade. Isso porque, mais da metade dos 70 profissionais temporários que trabalhavam no local tiveram seus contratos encerrados. A UPA de Nova Esperança está atendendo apenas casos de extrema urgência, uma vez que, por plantão, a equipe conta apenas com um médico, um enfermeiro e um técnico de enfermagem. De acordo com a direção da unidade, as atividades estão suspensas desde a noite de ontem (01), e os três, dos quatro, leitos da área vermelha (emergência) estão ocupados e todos os dez leitos da área amarela (urgência) também.

Essa situação precária mostra o desinteresse do prefeito reeleito Rosano Taveira (Republicanos), com a saúde de Parnamirim. Pois mesmo com os contratos vencidos desde o dia 15 de novembro, os profissionais temporários continuaram a desempenhar as suas funções por mais quinze dias, sem qualquer resposta por parte da prefeitura, e foram surpreendidos ao receberem apenas parte do salário no fim do mês.

A direção do Sindsaúde RN está acompanhando essa situação de perto, e participou na manhã desta quarta-feira (02), de uma reunião com os servidores e a direção da unidade, para cobrar da Prefeitura de Parnamirim a data de pagamento dos contratos temporários, como também pedir respostas sobre como vai ficar a situação da saúde do município, que até o momento ainda não convocou os servidores concursados. “A única informação que temos até o momento é a de que os salários serão pagos como verba indenizatória, porém ainda não se sabe quando, isso é um absurdo”, afirma Breno Abbott, diretor do Sindsaúde RN.

Com o aumento alarmante de casos da Covid-19 e o desfalque da equipe dos contratados temporários em Parnamirim, há uma sobrecarga dos outros profissionais que são concursados. “No início da pandemia nós éramos os heróis, hoje somos tratados como lixo” lamenta uma técnica de enfermagem que trabalha na UPA mas não quis se identificar. Além disso, segundo os profissionais, faltam EPI’s básicos como álcool para uso infantil, gases, instrumentos para coleta de material para exame, além de lençol para os pacientes nas áreas de descanso.

O diretor geral da UPA de Parnamirim informou a direção do Sindsaúde RN que teria uma reunião com o restante da gestão para discutir as possibilidades de solução para esse cenário, e de que forma irá funcionar a unidade com esse déficit de profissionais nos próximos dias.