Doação de órgãos pode salvar até 10 vidas: especialista esclarece dúvidas


É certo que a doação de órgãos é um dos gestos mais bonitos da humanidade. Um único doador pode salvar até 10 pessoas. É importante que ainda em vida, cada um deixe claro para a família essa intenção. Existem alguns mitos que podem atrapalhar a tomada de decisão. Para ajudar nessa decisão, a clínica geral do Hapvida, Drª Cristiane Torquato esclarece algumas dúvidas:

Quais órgãos podem ser doados em vida?

Rim, fígado, pulmão, medula óssea e sangue.

Existe algum malefício para o doador?

Não. No caso do rim, a função renal pode ser realizada adequadamente por um único rim, sem que isso cause prejuízos à saúde do doador. O fígado tem enorme capacidade de regeneração, o que possibilita que ele retome seu tamanho original após a cirurgia. O transplante de pulmão geralmente é feito de um doador adulto para um receptor criança, apenas um pequeno pedaço do pulmão é retirado e o doador consegue viver normalmente. A medula óssea se recupera em poucas semanas; na doação de sangue não há riscos, o organismo repõe o volume de sangue doado nas primeiras 24 horas.

Em quais casos o doador pode salvar 10 pessoas? E quais órgãos podem ser doados?

Quando há morte encefálica que é a perda total e irreversível das funções cerebrais. O diagnóstico segue critérios específicos regulamentados pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Podem ser doados coração; válvulas cardíacas; fígado; pulmão; ossos; medula óssea; rim; pâncreas; córneas e pele. 

Todas as pessoas podem ser doadoras?

Não. Portadores de doenças infectocontagiosas, como soropositivos ao HIV, hepatites B e C, Doença de Chagas, com doenças degenerativas crônicas ou tumores malignos, pacientes em coma ou que tenham sepse ou insuficiência de múltiplos órgãos e sistemas (IMOS) não podem doar.