DNA na balança: como os genes influenciam o peso
Fonte: Pikist.com
Para emagrecer, mais do que uma alimentação adequada, a dieta do DNA
permite que o sequenciamento genético seja usado de forma personalizada na
redução de medidas
Fazer atividades
físicas e manter uma dieta adequada são medidas que a maioria das pessoas sabem
que influenciam no peso. Porém, outro fator que costuma ser esquecido na hora
de comparar biotipos é o DNA. Afinal, a genética é um componente essencial para
o tipo físico de cada indivíduo, e isso deve ser levado em conta na hora de
buscar uma nutrição personalizada. Hoje em dia, há até mesmo a dieta do DNA, e aplicativos que
ajudam a colocá-la em ação, como uma tecnologia britânica que oferece os
alimentos recomendados para cada tipo.
Mas, será que no Brasil esse tipo de ferramenta
seria bem aceito? Os dados apontam uma provável uma resposta positiva: segundo
o Ministério da Saúde, um em cada cinco brasileiros é afetado pela obesidade.
Além da estética, as pessoas com excesso de peso, de acordo com médicos e
especialistas em saúde, têm chances mais elevadas de desenvolver diabetes tipo
2, pressão alta, problemas respiratórios e complicações cardiovasculares, como
AVC e insuficiência cardíaca.
DNA em ação: como os genes influenciam o
peso?
Voltando ao DNA,
é possível entender por meio da influência da genética no nosso corpo
como algumas pessoas comem e não engordam enquanto outras, mesmo focadas em regimes
e dietas, seguem sem conseguir atingir o peso ideal. A resposta está na herança
genética, pois é no DNA que estão todas as informações necessárias para que uma
alimentação adequada seja planejada.
Afinal, são
nossos genes que levam os dados que ditam desde a velocidade do nosso metabolismo
– que pode ser lenta, normal ou acelerada - e a nossa forma física! Isso porque
cada célula do nosso corpo carrega um DNA, uma sequência de genes que define
características como altura, cor do cabelo e predisposição de peso. E é
justamente por isso que aqueles com metabolismo acelerado podem comer
exageradamente, que permanecerão magros; enquanto os de metabolismo normal
continuarão com um peso normal, desde que comam de maneira equilibrada.
Já quem possui o
metabolismo lento terá uma grande dificuldade de perder peso somente com o
controle da alimentação - métodos adicionais são indispensáveis, como
atividades físicas e procedimentos estéticos. Segundo nutricionistas, o
componente genético é um fator extremamente relevante na gênese da obesidade
infantil, e até mesmo na vida adulta.
Casos de
obesidade aumentam consideravelmente as chances de essa característica
influenciar novas gerações. Entretanto, a influência da genética não é
definitiva, pois o estilo de vida também influencia no peso, bem como outros
fatores.
Estilo de vida e meio ambiente também
influenciam o peso
Outro elemento que tem sido
levado em consideração por profissionais da nutrição é o meio-ambiente. Afinal,
além do DNA, a sua interação com o ambiente externo também pode inibir ou
favorecer a influência da genética. Pessoas com predisposição ao diabetes ou à
obesidade, quando são praticantes de atividade física com regularidade,
costumam passar longe de qualquer predeterminação genética.
Por isso, dependendo da exposição
aos fatores ambientais, o indivíduo pode apresentar uma característica oposta à
do seu perfil genético - e inclusive, nunca vir a apresentar a condição herdada
de seus antepassados. Esse é um dos motivos de os testes de DNA serem usados
mais como uma previsão de um cenário possível, e não a constatação real de uma
condição do paciente.
O estilo de vida, principalmente,
os exercícios físicos, são comprovadamente poderosos para “silenciar” alguns
genes e podem, inclusive, oferecer uma qualidade de vida e boa saúde. Apesar de
ser magro não significar ser, necessariamente, saudável, uma alimentação
equilibrada é recomendada para todos - tenham sido agraciados com um DNA de
metabolismo lento ou não.