Centro de testes da vacina de Oxford será inaugurado em Natal no dia 21 de setembro

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Na próxima segunda-feira (21), Natal inaugura o centro de testes para voluntários que vão receber a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, em parceria com o laboratório sueco AstraZeneca, contra Covid-19. Para participar é preciso ter mais de 18 anos e não há limite de idade máxima.
Para participar, o voluntário deve ter alta exposição ao vírus, porém, os testes não são restritos aos profissionais de saúde. Em Natal, participam da equipe o Chefe do Departamento de Infectologia da UFRN, Kleber Luz e a Professora Eveline Pipolo, também do Departamento de Infectologia da Universidade Federal.
Para dobrar o número de voluntários no Brasil, passando de cinco mil para dez mil, a Universidade de Oxford vai inaugurar três novos centros de testes nas próximas semanas: um em Natal (RN), outro em Porto Alegre (RS) e mais um em Santa Maria (RS). Além deles, já há centros de testes em São Paulo, Salvador e Rio de Janeiro.
A Coordenadora nacional dos estudos clínicos e representante da Universidade de Oxford no Brasil, Sue Ann Costa Clemens, falou sobre a importância de aumentar o número de voluntários. “Isso eleva as chances de se provar a eficácia da vacina com mais agilidade e, consequentemente, de trazê-la mais rápido para a população”, explica a carioca, que é diretora do Vaccine Study Group de Oxford-Brasil e professora-visitante de saúde global na universidade britânica.
A vacina de Oxford foi a primeira a entrar na fase 3 da pesquisa no Brasil. Essa é a etapa final para a aprovação e o registro de um imunizante. No mundo todo, mais de 18 mil pessoas já foram vacinadas pelo estudo. A pesquisa começou no Reino Unido e também é realizada na África do Sul e Estados Unidos.
Inscrições
Os voluntários interessados em participar já podem se inscrever no site da CPClin (www.cpclinrn.com.br). A partir daí, será feito contato para agendar a primeira visita ao centro.
Como funciona o estudo?
Metade dos voluntários recebe a Chadox1 ncov-19, contra a Covid-19, e a outra metade recebe a meningocócica ACWY, a chamada vacina de controle, um imunizante contra a meningite e placebo. Um sistema define randomicamente quem receberá qual vacina. Cada participante recebe duas doses e é acompanhado pela equipe do estudo com frequência, ao longo de um ano.
Saiba Mais – Agência de reportagem