Paulinho Freire diz que reabertura da economia em Natal já deve ser pensada


O presidente da Câmara Municipal de Natal, vereador Paulinho Freire (PDT) afirmou que a reabertura da economia na capital já deve ser pensada para que não haja maiores danos ao mercado de empregos local.

Para o parlamentar, tomados os devidos cuidados para que não haja proliferação maior do coronavírus, seria uma forma de "enfrentar o problema" e tentar normalizar a situação.

"Temos que enfrentar o problema. Temos recebido várias ligações de empresários, que precisam trabalhar, caso contrário terão que demitir em massa. Isso é muito ruim para a economia local. Acho que com responsabilidade e calma, podemos voltar à normalidade. Normalizar totalmente ainda vai demorar, na minha opinião, uns dois a três meses", contou, em entrevista na manhã desta terça-feira (2) à rádio Agora FM (97,9).

No tocante ao recuo do pedido de demissão do secretário de Saúde de Natal, George Antunes, o vereador acredita que o "estresse" momentâneo vivenciado pela pasta devido à pandemia do novo coronavírus, tenha influenciado na atitude. O conflito de interesses entre o prefeito Álvaro Dias (PSDB) e o titular da SMS, com relação à reabertura dos comércios teria sido a principal causa do pedido de demissão.

"Acredito que estamos vivendo um estresse muito grande. O secretário George, que o classifico como um dos grandes que já passaram em Natal, por toda a sua honestidade, caráter e dedicação, no momento passa por um estresse enorme e apresenta seu posicionamento por fechar e parar as coisas, mas o prefeito Álvaro Dias passa também por uma grande pressão, quanto a questão da manutenção dos empregos. Houve um pequeno desentendimento, que caracterizo como estresse. Foi acertado George continuar, por seu trabalho e dedicação. Natal ganhou com a permanência dele. No final o bom senso reinou.", relatou.

George Antunes pediu demissão após dar uma polêmica entrevista para a Inter TV Cabugi, na manhã da segunda-feira (1º), na qual o secretário chegou a dizer que, se nada for feito para mudar o cenário de crise atual, em breve pessoas morrerão nas calçadas sem conseguir atendimento. Horas depois, anunciou que permaneceria no cargo.

Para o presidente da CMN, o lockdown já não convém mais na atual situação em que a pandemia se encontra. Conforme dito por Paulinho Freire, sua maior preocupação é com o mercado de trabalho, que sofre como o fechamento da economia, mas não pode-se deixar de lembrar de seguir as recomendações estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

"Atitudes, como o lockdown, deveriam ter sido tomadas no começo. Deveria ter radicalizado para depois começar a soltar. Pensando em primeiro lugar nas vidas, deveríamos começar, Acho que já está na hora de começar, com responsabilidade e calma, a pensar na retomada da economia. Pois estamos falando de pessoas, geração de empregos e renda. Quantas pessoas já não perderam o emprego. Isso depende também da contribuição da população. Tem que usar máscara e álcool em gel. Não pode ser como no Alecrim, quem tem pessoas andando sem máscaras, isso dificulta para o retorno", concluiu.

AGORA RN