Homem que atropelou e matou motociclista se entrega à polícia



O autor do atropelamento que tirou a vida de um motociclista, nesse final de semana, se entregou à polícia. O homem identificado com Bruno Costa, de 34 anos, foi à delegacia para se apresentar às autoridades na manhã desta terça-feira (10). A versão dos fatos apresentada pelo criminoso sobre o que precedeu o atropelamento não condizem com o que é visto na gravação do momento exato em que o pedreiro Cícero dos Santos, de 56 anos, foi atingido pelo veículo. 
“Para a polícia, houve um homicídio doloso, pois analisamos as imagens e, pelo que vimos, aparentemente ele jogou o carro, propositalmente, por cima do motoqueiro, embora a tese de defesa seja divergente”, disse o delegado Ernani em entrevista.
Em depoimento à Polícia Civil, Bruno contou que estava indo até o condomínio, próximo ao local em que o crime aconteceu, para entregar dindins gourmet. Nesse momento, o Cícero, conduzindo uma moto, apareceu e esbarrou no veículo em que dirigia, um Clio branco. Após a batida, o homem narra que desceu do carro e, enquanto discutia com o pedreiro, falou sobre chamar a polícia. O motociclista então saiu do local logo em seguida, sem dar ouvidos a ameaça. O suspeito o perseguiu para que aguardasse a chegada da perícia e, alguns metros à frente, Bruno diz que Cícero teria se desequilibrado e caído da moto. Esse foi o momento em que ele vinha vinha atrás do pedreiro e, sem conseguir frear, passou com o veículo por cima da vítima.
Ao ser questionado sobre porque não teria freado, ele disse que havia uma boca de lobo na rua que o impediu. Quanto ao socorro, Bruno disse que não ficou para prestá-lo por ter ficado com medo de que outros supostos motociclistas que estariam no local o linchariam. O autor do atropelamento informou também que não sabia que tinha matado o pedreiro no momento do acidente.
O carro usado por Bruno no atropelamento foi apresentado à polícia e ficará à disposição da justiça. O suspeito foi levado ao Instituto Técnico-Científico de Perícia (ITEP) para ser submetido a exames e passará pela triagem que definirá onde ele ficará preso por 30 dias até que uma decisão judicial seja expedida.