Homicídios no Ceará chegam a 170 durante paralisação dos PMs

Viaturas da Polícia Militar do Ceará em frente a batalhão durante greve de policiais em Fortaleza Foto: REUTERS/Lucas Moura


Uma semana após os motins dos policiais militares no Ceará, pela falta de acordo com o governo estadual referente ao novo plano de reestruturação salarial, a secretaria de segurança pública contabiliza 170 assassinatos desde a última quarta-feira, 19, quando PMs ocuparam os batalhões e cruzaram os braços.

Os números englobam os casos que se enquadram como homicídio doloso/feminicídio, lesão corporal seguida de morte e latrocínio.

Para reforçar a segurança nas ruas, 2,5 mil soldados do exército e 300 homens da Força Nacional atuam na capital, Fortaleza, e interior do estado. O trabalho efetivo das tropas começou no último domingo, 23.

Após o início da Garantia da Lei e da Ordem (GLO), comandada pelo General Cunha Mattos, comandante da 10ª Região Militar do Exército, o Estado registrou uma diminuição no número de crimes. Desde a paralisação dos policiais militares, o dia mais violento do ano, foi na última sexta-feira, 21, com 37 assassinatos.

Ainda de acordo com a Secretaria de Segurança, 43 policiais militares estão presos. Dos 43 casos, em 38 os policiais se apresentaram espontaneamente e cinco foram presos. Outros cinco, se apresentaram e justificaram suas ausências no trabalho e foram liberados.

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