RN tem 39 localidades contaminadas por petróleo, apenas quatro em processo formal de limpeza

O relatório oficial do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) sobre o aparecimento de óleo cru em praias do Nordeste, identificou ocorrências em 39 áreas do litoral do Rio Grande do Norte entre os dias 7 e 24 de setembro.
Ainda conforme o documento elaborado pelo Ibama, que traz informações atualizadas até às 18h do dia 11 de outubro, das 39 áreas atingidas na costa potiguar quatro estão em processo formal de limpeza, 19 apresentam vestígios do óleo, em 14 áreas o material não foi mais observado em uma segunda vistoria, e duas áreas não possuem dados atualizados. As manchas de óleo cru começaram a surgir nas praias a partir do dia 2 de setembro, no RN o primeiro registro foi feito no dia 7.
Nas praias do RN onde o óleo não foi mais observado, foram levantadas duas possibilidades principais para explicar o fato: a realização de ações informais de limpeza, que envolveram prefeituras locais e voluntários; ou a ocultação do material na própria areia da orla devido a fragmentação das manchas e a dinâmica das marés.
Duas equipes do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do RN (Idema) estão vistoriando os locais onde as manchas foram registradas. O resultado dessas visitas, com o quadro atualizado da situação, será apresentado na próxima segunda-feira (14), às 10h, durante coletiva de imprensa no auditório da sade da Governadoria do Estado. Na ocasião, que irá contar com participação de representantes dos municípios afetados e de órgãos estaduais e federais, também serão apresentadas as atividades planejadas pelo Idema para dirimir o problema.
“Com as vistorias vamos obter informações mais elucidativas, além dos relatórios que temos recebido do Ibama. Estamos unindo esforços para elaborar um diagnóstico sobre a situação em relação aos impactos desse material em nosso litoral”, explicou Leon Aguiar, diretor-presidente do Idema.
Análises preliminares sugerem que o material encontrado não é do Brasil, e a origem do óleo cru segue sob investigação conduzida pelo Ibama e Marinha do Brasil.
O Governo do Estado assegurou, através de nota oficial intitulada “Manchas de óleo não afetam o turismo do RN” distribuída pela assessoria de comunicação da Secretaria Estadual de Turismo (Setur-RN) na tarde dessa sexta-feira (11), que “as manchas de óleo que atingiram diversas praias do Nordeste brasileiro não afastaram banhistas e turistas dos 410km de litoral do RN”.
De fato, apesar do Rio Grande do Norte ter sido o estado com o maior número de áreas atingidas, o volume do material é o mais baixo quando comparado com outras localidades da região.

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