Novo golpe 'sequestra' contas do WhatsApp com ajuda do próprio usuário



Imagine um cibercriminoso ter acesso à sua conta de WhatsApp. Saber que alguém tem acesso a todos os seus contatos, conteúdos salvos e conversas já seria horrível suficiente. Mas imagine que tudo isso ocorreu com uma ajudinha sua. O alerta sobre um novo tipo de golpe contra usuários do aplicativo de bate-papo foi feito pelo laboratório de pesquisa ESET América Latina, empresa presente em 180 países e com escritório em cidades como São Paulo. Especializado em detectar ameaças no ambiente virtual, o grupo descobriu que o sequestro das contas de WhatsApp é feito por meio de um ataque conhecido como QRLjacking.

A ação se aproveita de técnicas de engenharia social para atacar não apenas o WhatsApp, como outros aplicativos que usam um código QR para registro e uso em um computador. 

No caso do WhatsApp, o QR é gerado quando o usuário acessa o aplicativo no desktop, por meio do endereço oficial (https://web.whatsapp.com). Quando esse código é escaneado, o usuário pode acessar sua conta no computador - o que pode facilitar a vida incrivelmente, dependendo do propósito e/ou do volume de conteúdo a ser tratado. É o famoso WhatsApp Web. 

É exatamente por meio dessa função que os hackers atacam, informa a ESET: eles convencem as vítimas a escanear um código QR enganoso, que, em vez de apresentar uma página oficial do WhatsApp, exibe uma página falsa que tenta sequestrar a sessão de WhatsApp dos usuários. O laboratório de pesquisa lembra que o código QR é uma imagem que, uma vez interpretada, pode conter uma URL ou qualquer outra informação capaz de ser compreendida pelo dispositivo. O WhatsApp usa esse código para conceder o acesso dos usuários ao sistema de mensagens sem qualquer outro tipo de validação adicional. Sabendo dessa particularidade, os cibercriminosos foram meticulosos: desenvolveram ferramentas capazes.

Dicas de segurança 

A empresa sugere algumas ações que servem como dicas para evitar o sequestro da conta: Use redes públicas ou não confiáveis o mínimo que puder, pois ataques como esse em geral acontecem quando o cibercriminoso está na mesma rede que suas vítimas. Se precisar usar redes públicas, evite acessar informações que não são extremamente necessárias naquele momento. Conheça os aplicativos que utiliza e suspeite se algum anúncio pedir para digitalizar o código QR em troca de algum benefício ou como parte de um processo além da validação. No caso do WhatsApp, o código QR serve exclusivamente para permitir que o aplicativo seja usado no computador. Não bobeie: mesmo em rede.

uol