Morre Bibi Ferreira aos 96 anos após parada cardíaca em casa


Mais um grande perda em 2019. A atriz, cantora e apresentadora Bibi Ferreira morreu na tarde desta quarta-feira (13), aos 96 anos, vítima de uma parada cardíaca. Considerada a maior diva do teatro brasileiro, Bibi estava em casa no Flamengo, Zona Sul do Rio, quando passou mal.

No ano passado, Bibi ficou internada por conta de uma desidratação e protagonizou um espetáculo no qual interpretava músicas de Edith Piaf, algo semelhante ao que fez anos antes com "Bibi vive Amália", da fadista Amália Rodrigues. A artista deixa apenas uma filha, Teresa Ferreira. O velório será no Teatro Municipal, no centro da cidade.

RELEMBRE A CARREIRA DE BIBI FERREIRA

Nascida Abigail Izquierdo Ferreira em 1º de junho de 1922, Bibi era filha de Procópio Ferreira e desde criança mostrou aptidão para a veia artística. A estreia nos palcos aconteceu com apenas 24 dias de vida quando substituiu um boneco que havia sumido. Com três anos se tornou corista de uma companhia de revista ao lado da mãe, Aida Izquierdo, e saiu em turnê pela América Latina. Na volta ao Brasil, integra o Corpo de Baile do Theatro Municipal do Rio, participando de óperas e balés. Ao longo da carreira, Bibi fez parte ainda da companhia de teatro do seu pai e montou o próprio grupo de atores, no começo dos anos 1940. No exterior, estudou direção e trabalhou no cinema. Quando retorna para o Brasil, vê sua carreira decolar em várias áreas. Foi atriz, professora e diretora de teatro, faz sucesso como cantora com "Tic-Tac" e ganha vários programas de TV como "Brasil 60" (o nome foi mudando até 1963 quando saiu do ar), na TV Excelsior, "Bibi Sempre aos Domingos" e, na Tupi, o "Programa Bibi Ao Vivo". Já na década de 1970, Bibi estrela "O Homem de La Mancha" e "Gota d'Água" (que lhe rende os prêmios Molière e da Associação Paulista dos Críticos de Artes) e dirige "Brasileiro, Profissão: Esperança". Nos anos 1980, assina a direção de peças como "Toalhas Quentes" e "Calúnia". Uma década depois, sobe aos palcos na versão musical de "Roque Santeiro" e dirige "Carmem". Em 2003, foi homenageada no carnaval do Rio pela Viradouro. Cinco anos depois, atua em "Às Favas com os Escrúpulos", de Jô Soares. Em 2014, foi prestigiada por vários famosos ao estrear "Bibi - Histórias e Canções". Ainda na carreira, Bibi teve passagem pelo cinema em filmes como "O Fim do Rio" e "Marquesa de Santos".

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