Natal registrou mais de 11 mil casos de arboviroses até setembro de 2018



Natal registrou 11.952 notificações de arboviroses (dengue, zika e chinkungunya) entre os meses de janeiro e setembro de 2018, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde. O número é três vezes maior que no mesmo período do ano passado.
Em 2018, foram registrados 11.340 casos de dengue, 326 casos de chikungunya e 286 casos de Zika. A média é de 19 casos de arboviroses por dia em Natal.
O grande volume de ocorrências preocupa a Secretaria Municipal de Saúde. A proximidade do verão, com a elevação das temperaturas, tende a gerar uma maior quantidade do mosquito Aedes aegypti, que é o principal vetor das arboviroses.
Segundo o Centro de Zoonoses de Natal, o período que antecede o verão – entre dezembro e março – é propício para a ocorrência dos ovos do mosquito, algo que delimita a importância de a população evitar acúmulo de material que possa ser utilizado como criadouro do inseto.
De acordo com Alessandre Medeiros, chefe do Centro de Controle de Zoonoses, alguns bairros de Natal apresentam grande quantidade de vetores diagnosticados. As principais áreas com infestação em Natal são os bairros de Nossa Senhora da Apresentação, Lagoa Azul e Potengi, na zona Norte da capital.
“Neste período que antecede o verão, que é de janeiro em diante, é preciso evitar que o mosquito fêmea coloque ovos. E em caso de já instalados, que sejam destruídos o mais rápido possível, para não ter proliferação do vetor no período chuvoso. É dever nosso do setor público quanto da população de uma forma geral combater a proliferação do mosquito significando menos doenças”, detalha
O Centro de Zoonoses tem adotado, desde 2015, o mecanismo chamado “Vigia Dengue”, que consiste no monitoramento, identificação de risco e pronta resposta para qualquer situação crítica. A expectativa é adotar, até o próximo ano, o sistema de “borrifação intradomiciliar”, em que os agentes municipais aplicam inseticidas nas áreas internas das residências de Natal.