Brasileiros devem reiniciar roteadores devido a novo vírus


Um novo vírus tem causado preocupação em diferentes entidades pelo mundo devido ao potencial de coleta de dados de usuários. Nesta última semana, a Comissão de Proteção dos Dados Pessoais do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) emitiu um alerta sobre esse novo perigo. Anteriormente, o FBI também já tinha se pronunciado sobre o assunto.
Como medida de segurança, o Ministério Público sugeriu que todos os brasileiros que contam com roteadores em casa reiniciem o aparelho devido à ameaça do vírus VPNFilter. Segundo o MPDFT, o vírus pode coletar dados pessoais, bloquear o tráfego de internet e direcionar os usuários para sites falsos.
“O MPDFT recomenda, ainda, a desativação das configurações de gerenciamento remoto e o uso de senhas fortes”, diz o comunicado divulgado pelo órgão. Ainda é orientado que usuários tenham conhecimento do assunto atualizem o software dos roteadores como uma forma de prevenção. No fim desta matéria do Opinião e Notícia, deixaremos um vídeo da empresa D-link, uma das mais populares em roteadores, ensinando como atualizar o software do aparelho.
Os especialistas em segurança digital da Talos Intelligence Group informaram que o VPNFilter já infectou mais de meio milhão de roteadores em 54 diferentes países. O novo vírus usa uma versão do BlackEnergy, que causou um blecaute na Ucrânia em 2016.
“Esse desafio [defesa do dispositivo] é aumentado pelo fato de que a maioria dos dispositivos afetados tem vulnerabilidades publicamente conhecidas que não são convenientes para o usuário comum corrigir. Além disso, a maioria não possui recursos antivírus integrados. Esses fatos juntos tornam essa ameaça extremamente difícil de combater, resultando em oportunidades extremamente limitadas para interceptar o vírus, remover vulnerabilidades ou bloquear ameaças”, explicaram os especialistas.
Alerta dos Estados Unidos
No fim de maio, o FBI divulgou um comunicado – seguido pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos – com as mesmas orientações do MPDFT, destacando que o vírus já infectou centenas de milhares de dispositivos ao redor do mundo. A principal preocupação é com o poder que o vírus tem de coletar informações pessoais.
Uma das atividades do malware é redirecionar os usuários da internet para sites falsos de instituições bancárias e vendas online. Dessa forma, ao tentar acessar a conta, por exemplo, os dados do usuário ficariam expostos ao vírus, que coletaria essas informações e repassaria para hackers.