Audiência debate construção de UBS no bairro de Dix-Sept Rosado


A construção da Unidade Básica de Saúde do bairro de Dix-Sept Rosado foi o assunto debatido em uma audiência pública, nesta quinta-feira (10), na Câmara Municipal de Natal. Proposta pelo vereador Aroldo Alves, o encontro atendeu à solicitação da própria comunidade, que tem sofrido com a dificuldade em conseguir atendimento. Estiveram na audiência, representantes do poder Legislativo nas instâncias municipal e estadual, integrantes de movimentos sociais organizados e líderes comunitários.

Considerado um dos bairros mais populosos da Zona Oeste da capital potiguar, com um contingente de 17 mil pessoas, há mais de 10 anos Dix-Sept Rosado não dispõe de uma unidade de saúde. As pessoas precisam ir às comunidades vizinhas em busca de atendimento, gerando transtornos para pacientes e profissionais, haja vista que gera sobrecarga na unidade escolhida.

Uma das soluções apontadas na audiência foi a união dos poderes Federal, Estadual e Municipal para a destinação de verbas que possibilitem a construção da UBS no bairro. "Este encontro reuniu diversos atores políticos no sentido de buscar parcerias que possam tornar o projeto da Unidade de Saúde realidade. Portanto, todos precisam deixar de lado as diferenças partidárias e ideológicas para juntos lutarmos pelos interesses públicos", defendeu o vereador Aroldo Alves.

Segundo a secretária adjunta de Atenção Integral à Saúde (SMS), Genilce Almeida, existe a necessidade da construção de uma unidade no bairro, todavia, a dificuldade para a realização da obra está na captação de recursos.  "O projeto da construção já está pronto e orçado em aproximadamente R$ 2 milhões; falta o dinheiro para tirá-lo do papel. Aliás, para a concretização da UBS também é necessária a cessão de um terreno de propriedade do Governo do Estado. Enfim, estamos fazendo a nossa parte, trabalhando para resolver todas essas pendências".

Katia Correia, chefe da Assessoria de Planejamento da SMS, disse que a Prefeitura trabalha na esperança de recursos adicionais, haja vista que a receita do Município é insuficiente para investir em ações de Saúde. "Quase 80% do orçamento é gasto com pagamento dos funcionários, sendo apenas 20% direcionado para aquisição de equipamentos, manutenção das unidades e construção de outras. Para agravar a situação, a demanda aumentou mas o aporte de recursos não acompanhou este crescimento", pontuou.