Facebook pedirá para usuário listar fontes de notícias nas quais confia


O Facebook anunciou mais mudanças em seu feed nesta sexta-feira, 19. Agora, a empresa quer que seus 2 bilhões de usuários listem as empresas de notícias em que confiam. Com base no ranking das respostas, a rede social de Mark Zuckerberg vai priorizar as histórias das fontes de notícias mais confiáveis.
De acordo com o jornal americano “The Washington Post”, Zuckerberg justifica a medida dizendo que a empresa não se sente “confortável” de definir, por conta própria, quais fontes são as mais confiáveis em um “mundo com tanta divisão”.
No mesmo post de blog, o diretor executivo do Facebook explica que o objetivo é determinar as fontes “amplamente confiáveis” como parte de um esforço para pôr fim ao sensacionalismo.
Esta é a segunda mudança na timeline anunciada este ano. Na semana passada, a empresa informou que mostraria menos notícias e conteúdo de marcas e mais publicações de amigos.
As duas alterações parecem ter a ver com o mesmo motivo: as fortes críticas de que o Facebook tem sido alvo em relação à disseminação de notícias falsas. A companhia de Zuckerberg também foi convocada pelo Congresso dos EUA para dar explicações sobre o uso da plataforma pela Rússia para influenciar as eleições americanas.
Com relação às chamadas fake news, as redes sociais têm se movimentado para combater esse tipo de conteúdo, contudo, para o jornal “The New York Times”, a alteração anunciada na semana passada pode acabar reforçando as fake news, uma vez que elas ganhariam destaque se compartilhadas por amigos.
O Facebook também vem sendo criticado por criar “bolhas”, em que as ideias são reforçadas por pensamentos semelhantes de posts de amigos na rede social.
Em artigo em dezembro, a colunista do GLOBO Cora Ronai apontou que o Facebook, que começou como plataforma de engajamento, cada vez mais se transformava num canal pago.