Projeto de alfabetização patrocinado pelo Outback forma pescadores da Praia de Pirangi


Dezoito pescadores da Praia de Pirangi do Sul foram alfabetizados e se formarão hoje, às 16h, por meio do Projeto Tarralfas – Vivências de Educação Freireana, patrocinado pelo Outback Natal. A iniciativa, que iniciou-se em julho, foi executada por meio do método de educação do pedagogo Paulo Freire, que utiliza uma metodologia de ensino popular com elementos que fazem parte da realidade, cultura e trajetória de vida dos alfabetizandos. A proposta é um projeto de extensão do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte – IFRN, local onde também ocorrerá a solenidade de formatura.

Além de apoiar o projeto, o Outback esteve presente ativamente na ação com a participação do sócio-proprietário, Gilnei Nocito, como agente alfabetizador. “Nossa empresa apoia projetos junto às comunidades locais com o intuito de dar uma contribuição para o crescimento dos envolvidos e o sucesso das ações por nós apoiadas. A vivência que tive com os pescadores foi muito interessante e valorosa. Foi uma experiência maravilhosa e fico muito satisfeito de fazer parte das conquistas dessas pessoas”, avaliou.

O projeto passou por diversas etapas iniciando com o curso de capacitação dos agentes alfabetizadores; visitas a comunidade dos pescadores, pesquisa do universo vocabular; realização dos círculos de cultura na comunidade para composição do universo vocabular, que compôs o palavrário utilizado durante o processo de alfabetização; e aulas todas as segundas-feiras durante o período de seis meses.

A ideia do Projeto Tarralfas surgiu após o 2º Sargento da Marinha do Brasil, Roberto César da Rocha, servir na Capitania dos Portos/RN e acompanhar a dificuldade que os pescadores de Pirangi do Sul tinham em obter a habilitação exigida para o exercício da pesca com segurança. Ao constatar essa realidade, o sargento buscou apoio para iniciar um trabalho de alfabetização voltado para os pescadores, a ideia conquistou simpatizantes e se tornou realidade com o apoio do Grupo Escoteiro do Mar Artifícies – GEMAN/IFRN-CNAT, do Outback Steakhouse, do Grupo Eureka e alfabetizadores voluntários.

Chegando ao final dessa jornada não consigo traduzir a sensação que sinto ao olhar para cada pescador alfabetizado e ver em seu semblante a satisfação ao vencer esse desafio. Sinto-me honrado em fazer parte de algo tão nobre e de tamanha importância na vida desses homens, pois saber ler e escrever, mesmo que sejam apenas seus nomes ou pequenas palavras, já é algo transformador. Espero que esse seja apenas o pontapé inicial de um enorme programa de alfabetização, que há muito tempo foi sonhado pelo mestre Paulo Freire”, afirmou o sargento da Marinha.