Dívida deixada por ex-prefeito dificulta abastecimento de água em Extremoz


A Prefeitura de Extremoz, sob nova gestão desde janeiro passado, está correndo contra o tempo para retomar o abastecimento em alguns bairros e comunidades que têm sido afetadas pela falta d’água nos últimos dias. De acordo com a nova prefeitura, as dívidas deixadas pela gestão anterior são um dos principais entraves para a resolução. Só no Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), os débitos com a Cosern somam mais de R$ 6 milhões e são hoje um dos principais gargalos para a prestação do bom serviço à população.
Segundo a diretora-presidente do SAAE, Júlia Virgolino, assim que o prefeito Joaz Oliveira (PR) assumiu, a orientação foi buscar uma solução definitiva para os problemas do SAAE que resultavam no desabastecimento das comunidades. No entanto, o que eles não contavam era que a dívida com a Cosern fosse tão grande.
“Procuramos o setor jurídico da Cosern para uma negociação, mas quando chegamos lá tivemos uma triste notícia, a de que o débito, que até então a gente pensava que era em torno de R$ 500 mil, na verdade girava em torno de R$ 6 milhões”, explica Júlia Virgolino.
O SAAE pediu via ofício um detalhamento do período em que foram contraídas essas dívidas, o que de antemão foi informado que são débitos, em sua maior parte, dos anos 2014 e 2015. O dinheiro deixado no caixa do SAAE pela administração passada, do ex-prefeito Klaus Rêgo, soma R$ 71 mil, o que só daria para pagar pouco mais de 1% da dívida com a Cosern.
A diretora-presidente explica que o serviço que é feito pelo órgão depende da energia para que as bombas consigam retirar água dos poços. Em razão do débito milionário, a energia foi cortada em alguns poços, o que afetou diversas comunidades como Alto de Extremoz, Loteamento Vilage dos Coqueiros, Quinta das Filgueiras, Loteamento Costa das Dunas, Loteamento Moinho dos Ventos, Condomínio Roseta, Damas I e algumas comunidades do entorno destas que foram citadas.
SOLUÇÃO
Para a diretora-técnica do SAAE, Gláucia Costa, uma das soluções tem sido fazer ramificações na rede, para que a água que vai para uma comunidade vizinha chegue até àquela que está sofrendo com desabastecimento.
“Uma solução definitiva, no entanto, depende de um acordo com a Cosern, o que está sendo feito pelo setor jurídico, que está trabalhando muito para solucionar esse problema e regularizar o abastecimento na cidade”, afirma Gláucia Costa.
Como não há dinheiro suficiente em caixa para quitar toda a dívida e ainda não foi possível um acordo que englobe todo débito com a Cosern, a única solução a curto prazo é quitar as dívidas pontualmente.
O SAAE disponibiliza o número de telefone do atendimento ao público, o 3279-3256, para que a população informe imediatamente quando estiver sendo afetada pela falta d’água.

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